Postagem em destaque

Programa "Na Hora do Rock" pela ProgSky.com • todos os domingos 20h

terça-feira, 14 de novembro de 2023

FLEETWOOD MAC • Fleetwood Mac [1968]

Artista: FLEETWOOD MAC
Album: Fleetwood Mac
Ano: 1968
Gênero: Blues Rock
País: Reino Unido/Estados Unidos
 
Mais de 50 anos de história. Dois continentes e 18 músicos diferentes – dentre eles, 11 guitarristas! Coincidentemente, 18 álbuns oficiais de estúdio. Uma mudança completa de estilo musical. Dezenas de milhões de álbuns vendidos. Os números do FLEETWOOD MAC impressionam quase tanto quanto sua música. A história da banda começa em 29 de outubro de 1946, quando Peter Allen Greenbaum nasceu em Londres. Ou começaria em 24 de junho de 1947, data em que Michael John Kells Fleetwood chegou ao mundo, em Redruth, Cornwall. O primeiro foi o responsável por criar o grupo, o segundo, por mantê-lo vivo, e inclusive gerenciá-lo quando a situação ficou mais complicada a ponto de o empresário da banda juntar um grupo de desconhecidos, batizá-lo com o nome da banda e o levar para uma turnê americana.
 
Peter Green, em 1966, tinha o emprego dos sonhos de qualquer aficionado por Blues na Inglaterra: tocava guitarra com John Mayall & THE BLUESBREAKERS. Entre outubro e novembro de 1966, Mayall, Green, o baixista John McVie e o baterista Ainsley Dunbar registravam "Hard Road", terceiro álbum da turma. Dunbar permaneceu pouco tempo, saindo em abril de 1967, dois meses após o lançamento do LP. Green lembrou-se de um baterista que conheceu quando ambos tocavam com a banda de apoio de Pete Bardens (futuro tecladista do CAMEL), THE PETER B’s, um magricela de quase dois metros de altura chamado Mick Fleetwood. A banda tinha evoluído para SHOTGUN EXPRESS, com um jovem ex-coveiro chamado Rod Stewart nos vocais, mas o batera nem pensou duas vezes e aceitou o convite para os BLUESBREAKERS.

A passagem de Fleetwood pela banda seria curta, pois Mayall, cansado de vê-lo bêbado nos shows, demitiu-o. Green saiu pouco depois, e tendo ganhado de presente de Mayall algumas horas de gravação em estúdio, chamou sua seção rítmica favorita (Fleetwood e John McVie) para gravar umas músicas. Todos gostaram do resultado, mas McVie não queria abandonar a segurança dos BLUESBREAKERS. Assim, a nova banda foi formada inicialmente por Green, Fleetwood e Bob Brunning no baixo. Para batizar o grupo, o nome de uma das músicas gravadas naquela sessão foi adotado: FLEETWOOD MAC. O empresário sugeriu que acrescentassem o nome de Green, e este, incerto sobre sua capacidade de liderar uma banda, sugeriu o acréscimo de outro guitarrista e vocalista, e Jeremy Spencer foi recrutado; Spencer se encarregava do piano e da slide guitar. Por um breve tempo, o grupo foi anunciado com o quilométrico nome de Peter Green’s FLEETWOOD MAC Featuring Jeremy Spencer, depois abreviado para Peter Green’s FLEETWOOD MAC. Um contrato com o selo Blue Horizon, de Mike Vernon, foi negociado, e, depois de mais algumas sessões, foi lançado o primeiro disco.

Gravado ao longo de sessões em outubro e novembro de 1967, e lançado em fevereiro do ano seguinte, esse primeiro álbum trazia Fleetwood Mac pichando numa parede e, na contracapa, o nome Peter Green’s FLEETWOOD MAC. O LP é um grande disco de Blues gravado na Inglaterra. A formação com Peter Green (guitarra, harmônica e vocais), Jeremy Spencer (slide guitar, piano e vocais), John McVie (baixo) e Mick Fleetwood (bateria) só gravaria este LP e o segundo, bem como alguns singles, mas deixou sua marca. Trazendo oito canções originais de Green e Spencer e algumas regravações, "Fleetwood Mac" é uma aula de Blues elétrico como poucas vezes se viu fora do delta ou de Chicago. Os destaques são muitos, incluindo "Long Grey Mare", "I Loved Another Woman", "The World Keeps on Turning", todas de Green, a bela versão de "Hellhound on my Trail", com Spencer ao piano, que brilha na slide guitar em várias músicas, como "Shake Your Moneymaker". O álbum atingiu o 4º lugar na parada britânica. Ao vivo, o MAC mesclava clássicos do Blues interpretados por Green ou Spencer com composições originais e paródias de Rocks dos anos 50 feitas por Spencer, que Fleetwood descreveu em sua autobiografia como duas pessoas distintas: tímido, quieto e gentil fora do palco, e um verdadeiro vulcão na frente de uma platéia. Uma gravação dessa época, "London ‘68", foi disponibilizada em CD nos anos 90, com baixa qualidade sonora, mas uma performance sensacional, mostrando todo o potencial do grupo no palco. Uma nota de rodapé: Bob Brunning participou de "Long Grey Mare", que por décadas foi a única gravação dele com o FLEETWOOD MAC lançada. Brunning tocou um tempo com o SAVOY BROWN e depois tornou-se professor e escritor, inclusive publicando livros sobre a banda e, no final dos anos 90, lançou uma gravação ao vivo no Marquee (quase inaudível) em que ele participou. Ele viria a falecer em 2011 de um ataque cardíaco.

Consultoria do Rock

Faixas:
01. My Heart Beat Like A Hammer (J.Spencer) (2:56)
02. Merry Go Round (P.A.Green) (4:07)
03. Long Grey Mare (P.A.Green) (2:13)
04. Hellhound On My Trail (trad., arr.P.A.Green) (1:57)
05. Shake Your Moneymaker (E.James) (2:54)
06. Looking For Somebody (P.A.Green) (2:50)
07. No Place To Go (C.Burnett) (3:20)
08. My Baby's Good To Me (J.Spencer) (2:49)
09. I Loved Another Woman (P.A.Green) (2:54)
10. Cold Black Night (J.Spencer) (3:15)
11. The World Keep On Turning (P.A.Green) (2:28)
12. Got To Move (Homesick James Williamson) (3:18)

Músicos:
- Peter Green - vocals, guitar, harmonica
- Jeremy Spencer - vocals, slide guitar, piano
- John McVie - bass
- Mick Fleetwood - drums
+
- Bob Brunning – bass (03)

Nenhum comentário:

Wikipedia

Resultados da pesquisa

Pesquisar este blog

Publicidade