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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

ROCK RARITY: TITUS GROAN • Titus Groan [1970]

Artista: TITUS GROAN
Álbum: Titus Groan
Ano: 1970
Gênero: Heavy Prog, Brass Rock

TITUS GROAN é mais uma das bandas inglesas que faziam parte do caldeirão inicial do Rock Progressivo no final dos anos 60/início dos anos 70, portanto esse disco reúne um pouco de tudo que se fundiu no gênero: Rock psicodélico, Jazz, erudito e Brass Rock. O disco é muito interessante e, infelizmente, é o único que lançaram; logo em seguida Stuart Cowell foi se juntar à PAUL BRETT'S SAGE e a banda acabou.
 
O nome da banda foi tirado do personagem principal do primeiro livro da série Gormenghast de Mervyn Peake e combina muito bem com este primeiro e único trabalho da banda: um som pesado e Progressivo ao mesmo tempo. Formada por Stuart Cowell (voz, guitarras, órgão, piano), Tony Priestland (sopros incluindo sax, flauta e oboé), John Lee (baixo) e Jim Toomey (bateria e percussão), fica claro logo de início que o quarteto era extremamente entrosado e sabia o que fazer com seus instrumentos - principalmente o Hammond e o inusitado oboé, um instrumento erudito nada comum até mesmo para bandas de Rock Progressivo da época.

E a influência jazzística logo se percebe com "It Wasn't For You", uma peça atraente e que dá as boas vindas aos ouvintes. "Hall of Bright Carvings" possui quase doze minutos de mudanças rítmicas, solos de oboé e peso - tudo na medida certa. Em vários momentos quem dá as cartas é John Lee, mostrando que assumir as quatro cordas de uma banda é para quem sabe dedilhar com técnica e sentimentos. Uma canção Progressiva ao extremo, com momentos relaxantes, partes com ares medievais e trechos mais nervosos. A suavidade de "I Can't Change" só é possível pela flauta rápida e deslizante que marca presença logo no começo e que segue por toda a canção sentimental e climática. Do nada a melodia se torna dissonante, complexa e intrincada - bem ao estilo que agrada aos fãs de outra grande banda, o GENTLE GIANT. Depois deste momento de loucura, o grupo regressa com um estilo mais Pop e a canção segue variando até o seu final. E enquanto toda essas variações correm solta a flauta de Cowell fluindo por trás da parede sonora. Genial é pouco! "It's All Up With Us" é a balada do disco e traz um clima calcado nos anos 1960, comandada brilhantemente pelas linhas de baixo e pelo sax inspirado de Cowell - que , aliás, também faz um solo de guitarra daqueles na medida. Outra pérola que talvez fique grudada na cabeça de quem a escuta. O disco termina com um festival de bom gosto na pesada "Fuschia". Guitarras de tudo que é tipo, incluindo wha-wha, flautas disputando pau a pau com a distorção da seis cordas, percussão e bateria certeiras ajudam a compor este cenário musical fantástico, com solos melódicos e emblemáticos.

Este foi o único álbum do TITUS GROAN, que acabou não indo adiante após shows desastrosos em termos de infraestrutura, frutos de uma péssima divulgação de seu trabalho à época pela gravadora. Porém existem reedições deste disco que trazem como bônus três canções que a banda lançou como single ("Liverpool", "Woman of the World" e uma composição de Bob Dylan conhecida como "Open the Door, Richard", que aqui virou "Open the Door, Homer"), igualmente bacanas de se ouvir e que servem de testemunho do que A banda poderia fazer se tivesse sido tratado de maneira mais séria e profissional pela gravadora Dawn Records e pela produtora de shows da época, a Red Bus Company.
 
Resenha original por Collectors_Room

Faixas:
1. It Wasn't for You (5:33)
2. Hall of Bright Carvings (11:37):
    a) Theme
    b) Dusty High-Value Hall
    c) The Burning
    d) Theme
3. I Can't Change (5:41)
4. It's All Up with Us (6:07)
5. Fuschia (6:18)
Duração: 35:16

Bonus tracks on several reissues:
6. Open the Door Homer (3:30)
7. Woman of the World (4:32)
8. Liverpool (5:54)
 
Músicos:
• Stuart Cowell: orgão, guitarra, piano
• John "Babbacombe" Lee (Dirty Tricks): baixo
• Tony Priestland: flauta, oboé, sax
• Jim Toomey (Ken Hensley, Colin Blunstone): bateria, percussão

 
 
 
 

Um comentário:

Daniel Kerber disse...

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