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terça-feira, 12 de março de 2024

SUPERTRAMP • Supertramp [1970]

Artista: SUPERTRAMP
Álbum: Supertramp
Ano: 1970
Gênero: Classic Rock, Eclectic Prog

Para quem desconhece, esse é o excelente primeiro álbum da banda britânica SUPERTRAMP com sonoridade típica da época, super bem trabalhado e com os vocais ainda tímidos de Roger Hodson e Rick Davies, porém muito emotivos entoando belíssimas harmonias.

Existem problemas no álbum: basicamente, Richard Palmer não se encaixa de jeito nenhum, a guitarra dele é pouco utilizada e o vocal dele é fraco, ainda mais se comparado ao Hodgson sozinho, com um falsete vulnerável mas que sabe pegar potência, e quando Hodgson e Davies cantam juntos, são harmonicamente insuperáveis. Existe uma frequência grande de baladas; e Davies insiste no flajolé, uma espécie de flauta peruana que pode desagradar alguns ouvintes. Fora isso, o baixo do Hodgson simplesmente faz todas as músicas terem uma profundidade interessante e a bateria do Keith Baker sabe o que fazer nas horas certas, dando espaço para os outros instrumentos mas também mobilizando as músicas no caminho certo.

Quanto a construção do álbum, ele tem umas armadilhas inteligentes desenhadas para pegar o ouvinte de surpresa. A primeira faixa, “Surely”, começa sem introdução e apresenta todos os elementos que o SUPERTRAMP utiliza em quase toda a sua carreira, apenas para ter uma reprise dela para fechar o álbum, agora que o ouvinte está mais acostumado ao som específico da banda. Das baladas, um destaque é “Home Again”, um violão acústico com a voz do Hodgson que cria uma tonalidade de intimidade bem ímpar para o momento do disco. Quanto a vocal, “Nothing to Show” é a primeira música do Hodgson cantando com Davies e é um espetáculo desde o início, tendo uma bateria fantástica servindo como base desde o início da música. A melhor faixa do disco para muitos ouvintes é “Try Again”, possivelmente a mais famosa do álbum e com longa duração pois é uma junção de vários solos com a intenção de improvisar ao vivo. O gancho do vocal é reconhecível e interessante, mas o mais importante é o Rock-Jazz da marca dos quatro minutos com teclados, baixos e guitarras fazendo solos diferentes, ficando um pouco dissonantes, mas não dissonante o suficiente para causar desconforto. O baterista também faz o que quer nessa faixa.

Enfim, "Supertramp" é um disco surpreendente que para quem nunca ouviu há 2 chances: odiar pois não é o SUPERTRAMP clássico ou amá-lo como mais um disco de Rock 70 bem formulado e bem executado.

Fontes: 80 Minutos
              Baú do Mairon

Faixas:
01. Surely (0:30)
02. It's A Long Road (5:30)
03. Aubade/And I Am Not Like Other Birds Of Prey (5:14)
04. Words Unspoken (3:58)
05. Maybe I'm A Beggar (6:44)
06. Home Again (1:08)
07. Nothing To Show (4:53)
08. Shadow Song (4:22)
09. Try Again (12:01)
10. Surely (3:07)
Duração: 47:00

Músicos:
• Rick Davies: orgão, harmonica, pianos, vocal (07)
• Roger Hodgson: guitarras, baixo, cello, flageolet, vocais (01-10)
• Richard Palmer: guitarras, balalaika, vocais (05,08,09)
• Robert Millar: bateria, percussão, harmonica

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