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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

ROCK RARITY: CATAPILLA • Catapilla [1971]

Artista: CATAPILLA
Álbum: Catapilla
Ano: 1971
Gênero: Psychedelic Rock, Jazz Rock

A história da banda britânica de Hard Rock Progressivo CATAPILLA começa no final dos anos 60, no oeste de Londres. Originalmente a banda era composta por Jo Meek nos vocais, Malcolm Frith na bateria, Hugh Eaglestone no sax, Dave Taylor no baixo, Graham Wilson nas guitarras, Robert Calvert no sax e Thiery Rheinhart nos instrumentos de sopro, especialmente sax.

A banda soube chamar a atenção das gravadoras da época, devido ao seu som marcante e particular, um Jazz-Rock experimental que foi notado pela Orange Music, empresa de gestão de bandas que levou o grupo a fazer testes para produtores e pessoas da indústria. Patrick Meehan, empresário do BLACK SABBATH, se interessou pelo CATAPILLA preparando-os para gravar um disco, porém antes de entrarem em estúdio, Jo Meek deixou o grupo e sua irmã, Anna Meek, tomou seu lugar.

O primeiro álbum autointitulado, produzido por Meehan, foi lançado no final de 1971 pela Vertigo Records. É um híbrido, ou como indica um dos nomes das músicas, "uma fusão embrionária", um Hard Rock com vários elementos combinados, passagens de Funk-Rock e arranjos muito contundentes que tornam o som marcante e singular. É um trabalho que sai do convencionalismo do Hard Rock, e sabe oferecer algumas alternativas instrumentais adicionais. Uma peculiaridade marcante é que, das quatro músicas que compõem o álbum, duas delas possuem longa duração. A primeira delas, "Naked Death", com 15 minutos de duração, é uma música pesada, com bons arranjos e com a particularidade de ter uma jam, uma improvisação, uma sessão de dez minutos no meio, com sax e guitarra elétrica solos de guitarra.

A outra música marcante do álbum é "Embryonic Fusion", uma peça de 24 minutos, em que tudo se passa, com complexidade marcante, em uma infinidade de passagens e arranjos e mudanças de intensidades. Sem ser claramente progressista, consegue ser uma peça muito complexa, sem nunca perder a sua rusticidade e sonoridade pesada, com passagens instrumentais, numa sonoridade, como o próprio nome indica, "embrionária".

Esse som em particular tem um valor intrínseco muito alto, pois eleva o Rock a um nível muito interessante de complexidade e fusão, e o coloca em um padrão elevado, sem deixar de lado as características clássicas do Rock pesado, tudo que geralmente não está presente na música "complexa" média, como solos de guitarra elétrica carregados de fuzz, riffs pesados ​​e passagens improvisadas; Tudo isso ainda está constantemente presente no som.

A voz de Anna Meek merece um parágrafo à parte, pois ela possui uma voz requintada, bem particular, doce, "masculina" e poderosa, e acrescenta ao som um carácter ainda mais enigmático, genuíno e mítico.

É um álbum pesado e bem trabalhado, a presença dos arranjos de sopro confere maior frescor ao som e o aproxima timidamente do Jazz-Rock, sem cair exatamente nesse rótulo. Num álbum emocionante, tosco, embrionário, com boa dinâmica e uma concepção inusitada dos temas.

Após o lançamento do referido primeiro álbum, a banda embarcaria em uma turnê promocional pela Inglaterra, ao lado de outros músicos do mesmo selo Vertigo, como Graham Bond e Roy Harper, mas devido a problemas no relacionamento dos músicos, abandonaram a turnê e voltaram ao estúdio para trabalhar em seu segundo álbum.

No final de 1972 seria lançado o segundo álbum "Changes", e a banda passaria por algumas mudanças com a substituição de Eaglestone Frith e Rheinardt por Bryan Hanson na bateria Ralph Rolinson nos teclados e Carl Low Wassard.

Postagem original aqui.

Faixas:
1. Naked Death (15:42)
2. Tumbleweed (3:57)
3. Promises (5:46)
4. Embryonic Fusion (24:11)

Músicos:
• Robert Calvert: sax alto e tenôr
• Hugh Eaglestone: sax tenôr
• Thierry Reinhardt: flautas alto e tenôr, clarineta
• Graham Wilson: guitarra
• Anna Meek: vocal
• Dave Taylor: baixo
• Malcolm Frith: bateria

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